O DORMIR DA RUA

Enquanto a minha rua dorme

a minha insônia...

Vaga em paços pelas calçadas,

pelas margens das estradas

pelo intimo dos meus sentimentos

pelos sonhos acordado

e pela aflição do momento.

Vaga pela planície das estrelas

pela vaga vastidão da noite

pela coloração da lua prateada.

Não tem urro de lobos

nem saracotear de corujão

sibilo de serpente

resmungar de gente,

nem ladrar de cão.

Tem sim! Um sonho surreal

uma esperança anormal

fé que me arrasta a vida

e a burrice, cara de pau.

Enquanto a minha rua dorme

eu sou apenas mais um inocente

querendo ser gente.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 14/11/2016
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