O DORMIR DA RUA
Enquanto a minha rua dorme
a minha insônia...
Vaga em paços pelas calçadas,
pelas margens das estradas
pelo intimo dos meus sentimentos
pelos sonhos acordado
e pela aflição do momento.
Vaga pela planície das estrelas
pela vaga vastidão da noite
pela coloração da lua prateada.
Não tem urro de lobos
nem saracotear de corujão
sibilo de serpente
resmungar de gente,
nem ladrar de cão.
Tem sim! Um sonho surreal
uma esperança anormal
fé que me arrasta a vida
e a burrice, cara de pau.
Enquanto a minha rua dorme
eu sou apenas mais um inocente
querendo ser gente.
Antonio Montes