O DEBRUÇAR

A chapa esquentou...

o dia chegou

a felpa felpou.

É dia de cotovelos

felpadas, cutucadas

tantas amargura por nada!

Poderia o verde sobreviver

sem água?

Deserto sem sol

arrebol sem pássaro

farfalhar sem ventos

canto sem chilrear.

Flores, flores...

Cores do campo

que encanto!

Sol depois de um temporal

arco-íris para levantar o astral

porque não?!

A paz depois do amor!

As flores, flores... As fores,

mesmo depois de seu acabar

debruçam suas pétalas sobre chão.

Antonio Montes

Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 14/11/2016
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