O DEBRUÇAR
A chapa esquentou...
o dia chegou
a felpa felpou.
É dia de cotovelos
felpadas, cutucadas
tantas amargura por nada!
Poderia o verde sobreviver
sem água?
Deserto sem sol
arrebol sem pássaro
farfalhar sem ventos
canto sem chilrear.
Flores, flores...
Cores do campo
que encanto!
Sol depois de um temporal
arco-íris para levantar o astral
porque não?!
A paz depois do amor!
As flores, flores... As fores,
mesmo depois de seu acabar
debruçam suas pétalas sobre chão.
Antonio Montes