Os olhos do morto
 

Ele permanecia parado ali,
havia algo insano em seus olhos vidrados.
Eram dois botões mortos de rosas,
abortados antes mesmo de florescer.

Preferia seus olhos de antes:
eram como duas balas pesadas de chumbo.
Podiam matar.

Agora,
só haviam íris mortas.

Nunca gostei de coisas sem vida,
é uma ofensa à minha necessidade 
de permanência.
Larissa Prado
Enviado por Larissa Prado em 14/11/2016
Código do texto: T5823165
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