No tempo certo

No tempo da minha indecisão,

Enquanto mesclava sonhos e desejos.

Uma imensidão de controvérsias,

Cobria minha alma triste,

Onde os olhos, quase dormentes,

Que se desaguavam num choro firme,

Olhavam a partida da moça calma,

Que desbravava uma estrada de terra,

E que, se cobria com a poeira causada,

Pelo correr dos animais que a cercavam,

Como quem adora um ídolo.

Ela se foi...

Deixando apenas a saudade,

Mas foi no tempo certo.

A mulher, que fora menina,

Que amara como quem ama o sol,

Agora se vai, até o fim da curva.

Jorge antonio Amaral
Enviado por Jorge antonio Amaral em 14/11/2016
Reeditado em 14/11/2016
Código do texto: T5822718
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