Da Verde Doçura
No olho da terra já arada,
sozinha como o caminhante,
a árvore do verde instante
verdeja a paz avermelhada.
A cana será a adoçante
de toda vermelhidão cavada
e a árvore, de tão olhada,
o meu açúcar reverdejante.
Caminhando, prossigo sozinho;
só, ela prossegue mas ficando;
eu, no meu caminhar (até quando?)
rodando no chão do torvelinho;
ela, adoçando o caminho...
os olhos de quem passa olhando.
Torre Três
13-11-2016