É DA COR DO CÉI
Antonieta Lopes
A borboleta azul apareceu,
Há meses não a via -azul celeste,
Pousando aqui, alí, destino seu -
-Volúvel, ágil, linda, inconteste.
Por onde andou? por onde se perdeu?
Na cidade, no campo, bosque, agreste?
Será a mesma? ou é engano meu,
Apenas a emoção que um fato ateste?
Meu sonho azul, audaz, pequenininho,
Voltando ao coração e sempre azul,
Ave gentil que não esqueceu seu ninho.
Renovada esperança, asa taful,
Voando sem alarde, vagarzinho,
Suavizando-me a sorte - norte a sul.