vivas brasas
o poema: esguicho de sangue
andar sobre o patamar depois
de um treino exaustivo, fechar
de verniz a noite que, embaixo,
conta pouco de seus movimentos,
o sol despachado de sua jornada
é jornada em outra face, a espera bruta
nenhum bosque de alegria, somente
o candura das lembranças, a ultima
peça de uma orgia escancarada,
ferida reprisada, o mundo é tão
grande, de que adianta tanto tamanho
se o resto é tão mesquinho, amar
em águas bravas, peixes infernais
soletram viagens incomunicáveis,
que nos saltam o coração em vivas brasas