VIDA LOUCA VIDA BREVE
A Morte nos convida à vida
Um dia de cada vez, carpe diem
E nos ensina (ou tenta)
De como somos seres tão frágeis
“É preciso estar atento e forte
não temos tempo de temer a morte”
Na Estrada da Vida caminhamos
Caindo, levantando, sacudindo a poeira
E seguindo, caminhando, caminhando
Por vezes em estradas longas demais
Apesar dos nossos cansados pés
A machucar o coração da alma
Outras vezes parece curta demais
Apertada e estreitas demais
Nos sufocando o ar da louca vida
Ânsia de querer respirar o oxigênio
Que se tem hoje, ainda que sujo
A companheira morte se esconde
Na minha sombra, está sempre ao lado
A espreita e nem percebemos
Na verdade nem queremos (e que assim seja)
Mas ela está logo ali, quiçá na próxima esquina.
E podemos partir de susto ou bala amarga
Vida Louca, Vida Breve
Vamos viver tudo o que se tem pra viver
Sem nos preocuparmos com ela
Porque na hora certa, ela virá com certeza
Um dia de cada vez, carpe diem
Pode ser que ela dê alguns sinais
Em meu corpo já envelhecido e cansado
Mas também pode ser que não
Pode ser que a morte nos pregue uma surpresa
Nos ofereça uma bala perdida ao virar a esquina
Vamos viver se preparando para partir
Vivendo bem tudo o que se há pra viver
No show da vida que saibamos bem viver
A vida é um presente, um sopro divino
E quando menos se espera ela pode se esvair
Como uma leve pluma a flutuar no ar.
Um breve suspiro e a vida se foi, e ela chegou
A Senhora morte chamou e então...
O que ficou? O que se plantou? O que deixou?
“Estamos aqui nesta paisagem de passagem
para observar, aprender a amar e depois
voltarmos para casa”.
A vida terrena tem contrato e prazo de validade
Saber amar é amar e deixar alguém te amar
Então vamos viver com mais tolerância,
Fraternidade, Solidariedade, Paz e Amor
Gentilezas geram gentilezas pois é dando
Que se recebe, vamos nos doar ao amor
Vamos deixar nossas bagagens mais leves
Com sentimentos de mais alegrias e gratidão
Porque é o que importa e o que vamos levar
Para algum lugar, quiçá para uma outra vida.