vacuo

quem es tu, não me responde,

desço

já nem sei pra onde, o clarao

de signos nos consome o

movimento, sem pensar

ou imaginar, somente o

paradeiro que nos afeta,

vozes e in vozes que se

repetem sem que elas

saibam de onde vieram,

não há porto, somente um

dispersão de sentidos, um

vácuo feito de tijolos, uma

esgrima em nossas palavras,

quem respiraria sem a certeza

do ar, quem daria seu nome,

seu brasão a um terreno tão

desornado, pulso de areia,

borbotoes de pensamento pelas

prateleiras da memória, quem

dará a primeira palavra: faça-se

luz nesse lugar espartano,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 11/11/2016
Código do texto: T5820701
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