Manhãs
Ás vezes percebo
Que os pensamentos nela
São formados por várias manhãs
E desacontecem coisas feias
Ás vezes descubro nela
Finas águas de um rio
Muito e tanto distante
E lavam seu corpo crespo
Ás vezes imagino nela
Um vento forte o bastante
Que a leve pelos céus
Encima de nossa casa azul
Ás vezes pressinto nela
Um silêncio que lhe rouba
Os sentidos e os seus pulsos
Mas pela manhã bem cedo
Ela me sorri com graça
Com a graça dos que sabem
Sorrir
Milton Oliveira
Novembro/2016