De (pressão)

Ando pendurando versos

nos varais da solidão,

meu poema definha triste

camuflado nas encostas do porão.

É deprimente ver meu país

perdido na redoma,

onde o cidadão de bem

tem por proteção a jaula,

enquanto o bandido solto

ri dessa justiça(?)... podre e falha.

Outros versos pingam lágrimas

ao ver que o bem não tem espaço,

o poema solitário queria ser

entre sorrisos, declamado,

mas sucumbe ante o desdém

frente ao povo massacrado.

Bandidos roubando na rua

e políticos no senado.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 11/11/2016
Reeditado em 11/04/2024
Código do texto: T5819875
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