De (pressão)
Ando pendurando versos
nos varais da solidão,
meu poema definha triste
camuflado nas encostas do porão.
É deprimente ver meu país
perdido na redoma,
onde o cidadão de bem
tem por proteção a jaula,
enquanto o bandido solto
ri dessa justiça(?)... podre e falha.
Outros versos pingam lágrimas
ao ver que o bem não tem espaço,
o poema solitário queria ser
entre sorrisos, declamado,
mas sucumbe ante o desdém
frente ao povo massacrado.
Bandidos roubando na rua
e políticos no senado.