Paradigma
Vou de encontro ao sol e não vou cair ao queimar de minas asas
Vou de encontro a teu mundo, desbravando sua indiferença, fazendo meu lar em tua casa
Pra que violões sem cordas, cordas sem música, música sem os amigos
Qual o por que das sirenes, dos lutos, das velas, dos tiros?
Onde estão as horas, para onde estão indo, quanto tempo estão durando
Para onde foi o brilho dos olhares, o sorriso das pessoas, para onde estão caminhando?
Vou de encontro ao veleiro, vou contra a tempestade jogado em auto-mar com a tripulação incerta rumando a terra dos impecáveis
Vou correndo por entre o fogo com calma no jogo, afogado na lava, bebendo o ácido, cuspindo o veneno dos implacáveis
Vou pisando em cobras e mordendo leões, peitando balas e quebrando flechas com o coração
Vou de ilha em ilha, escalando vulcões, intervindo em ações, seguro por sua mão
Vou imperfeito dentro de toda essa perfeição, dentro dos sete, revestido da incorruptibilidade
Vou invulnerável, sagaz e determinado, esperando por dias que nunca vieram, fortificado pela fé e a esperança na terra dos monstros pregando de novo, o poder da Amizade!