labirinto

enquanto o trêmulo existir:

o pão, simbolo que evoca

outras cantigas, que também

matam a fome,

tempo de mil cabeças é o

que nos separa das margens,

água de pedra, água de água

gotas de sangue

nesse andar silencioso onde

encosto meu espirito tão cheio de dúvida ,

fértil trigo da terra

o sol, o batente, a vida pedindo

a tua comunhão, o sobrado de

sombra, a janela que reflete tudo,

inclusive essa sede de justiça essa

fome do que não tem nome, dessa

poesia tão necessária quanta a água

que bebemos, desse ar que areja o

labirinto que raramente confessamos:

estamos presoso.

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 10/11/2016
Código do texto: T5819277
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