LÁ VAI JOÃOZINHO
Sobre o alvorecer cheio de sol
assoviando pelo caminho
lá vai Joãozinho!...
E vai sozinho,
no mundo o seu pedacinho
admirando o seu destino.
O vento sobre os arbusto
o farfalhar daquelas folhas
o chilrear da passarada
as sombras em suas encolhas.
A placa velha na estrada
as margens cheias de flores
as cores das borboletas
os pássaros com seus amores.
Lá vai Joãozinho...
de vez em quando aos saltos
com pensamentos lá no alto!
Quando crescer não terei sede
curarei todo verde
para nunca mais faltar água.
Farei rios no nordeste
matas de sul ao leste
e luzes que nunca se apaga.
Vou formar outra Amazônia
descobri outros países
não apenas pra roubar.
Farei, pais ficar com filhos
no deitar e levantar
sem nunca os abandonar.
Joãozinho saiu pensando
nas coisas do mundo mundano
o que fazer pra melhorar.
Descobriu que a politica
é a engrenagem da invenção
a onde todos é contra todos
e irmãos é contra irmãos.
Joãozinho cresceu ficou triste
quando viu que sua carreira
já não era mais brincadeira
e o para traz, não mais existe.
Antonio Montes