SAUDADE
A chuva levanta o cheiro da terra
Me bate a saudade, eu volto pra trás
Um tempo dourado que eu tanto brincava
Enfrentava a enxurrada e pisava na poça
Do risco que eu tinha do chinelo da mãe
Saudade do nada que eu tanto sonhava
Saudade do medo que eu tanto sentia
Saudade das curas da tia Maria
Saudade dos peitos da Flora vadia
Saudade das curvas que eu nunca dobrava
Saudade das horas que eu tinha saudade
Saudade do tudo que eu tanto pedia
Edaduas od odnum euq are oa oirártnoc
Saudade daquela que eu nunca beijei.