Da Lua do Mato
Poesia me quer.É noite.Não quero!
Mente como quiser; rabisca; delira.
Mentirosa mulher do verso sincero
volta quando puder rimar sem mentira!
Não queria contar mas outra espero.
Acaso duvidar, aguarde, confira.
Vem vestir o luar com véu amarelo.
Sei que vai comentar : "que céu mais caipira!"
Que mora no mato, é pura verdade.
Brejeira de fato; donzela; matuta.
E corre boato; o sol diz, escuta :
por falta de tato, a mão da saudade
num corte exato cortou a metade
da lua do mato.Que faca mais bruta!
Torre Três
09-11-2016