A dança do tempo

No compasso do relógio da vida

Traçando a circunferência infinita

Vai deslizando os ponteiros

Numa frequência constante

De movimentos rítmicos inebriantes.

Segundos e minutos

Horas e dias

Meses e anos

Décadas e séculos

Vai virando pretérito

Num rasgo de instante.

No ciclo das estações

No tic-tac incessante

No badalar do sino

Na ampulheta angustiante

E em velhas joias aristocráticas

Anunciando a sinfonia da valsa do tempo

Num mecanismo de cordas e balanços

Nas idas e vindas dos ponteiros girando

Aprecio uma viagem anos-luz no tempo

Em fotografias de bons e velhos momentos

Me fazem escrever e relembrar

Que o presente já é passado

No instante em que foi contornado

E na graça das páginas vividas

No alto do mirante, o tempo contemplar

E ao som da música das horas celebrar

A dança fantástica dos ponteiros,

Adjacentes da vida, passar.

Larissa Moreira
Enviado por Larissa Moreira em 09/11/2016
Reeditado em 09/11/2016
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