# VAQUEIRO
Aqueles galopes de tempos passados.
Há muito tempo mesmo, na verdade,
Pelos matos verdes de um lugar tranquilo.
Me dão longas rotas de saudade.
Pelas araucárias dizendo ao frio que viesse,
contrárias ao Sol que às nuvens vencia.
Novidade para o sereno que queria ficar,
pulverizando as folhas, usando a brisa fria.
Como imploro aquelas manhãs com igual teor
Os passos suaves de uma roceirazinha dali.
Onde estaria hoje? como eu, sumiu no mundo.
não mais fui vê-la e assim também me perdi.
Secaram os milharais, poleiros de anus.
garrinchas, fogo pagô e canários da terra.
Quem conhece aquelas trilhas, por lá volta,
volta com certeza por elas, seguro, não erra.
Revendo matas e passando mata-burros.
Ouvindo uma juriti qualquer numa Embaúba.
a passarada por lá reinava sem receio algum.
Ruidosa voava livre onde ninguém perturba.
Tudo ao redor tinha a presença do bom Deus.
A começar pelo manso regato numa descidinha.
ter ido ali me deu uma alegre paz interior.
em simples oração digo: Que sorte a minha.