MINHA AUTO POESIA

Tarde lenta,

Céu nublado,

Sol escondido,

Leve brisa,

Cerveja gelada,

Zeca Pagodinho,

Minha tarde predileta,

Sou mais um,

Sambista de primeira,

Sou Martinho, o da Vila,

Minhas lembranças de menino.

Seu Tiago me ensinou,

Sou Botafogo, sou Nacional,

Moro no rio, o Rio das Amazonas,

Tabatinga, minha terra natal,

Terra da madeira,

Também da borracha,

Deus tenha piedade da Malásia,

Tirou-nos nossa riqueza,

Mais nem por isso somos pobreza.

Dizem que sou poeta,

Mais apenas construo textos,

A dona Ermelinda me benzeu,

Não me envergonho do que sou,

O sonho prevaleceu,

O dom, Deus me deu,

Sigo construindo cada obra,

Lembro-me a cada hora,

Sou pai, avô e marido,

Sou verso e prosa, sou a poesia,

Sou infinitamente feliz.

Ricardo Nunes de Sales
Enviado por Ricardo Nunes de Sales em 06/11/2016
Reeditado em 02/05/2017
Código do texto: T5815285
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