João estava sozinho,
Coitado do João,
Bom menino, esse João...
Coração puro, alma clara,
João Não Sei de Que,
Sabia de tudo,
Mas não sabia por que.
João caminhava no meio da gente,
Mas era diferente,
Tão diferente, o João.
Menino de bom coração...
Ninguém pensava vem João,
João pensava em todos.
João era assim,
Meio poeta, meio homem,
Meio mulher.
Sem saber o que deveria ser,
João seguia sendo João.
Como uma canção desconhecida,
Que fala da vida, que faz chorar,
João era a música
Que fazia qualquer um dançar.
Ah, João Mestiço,
João branco, negro,
João Sarará.
Tantas cores João,
Tantas que pode escolher,
Entre o invisível e o indelével,
João era notavelmente
Descolorido e lindo.
João não sonhava,
Fazia o que podia,
Não por si somente,
Mas para toda a gente.
João Benevolente.
João passava,
E não era passado.
João sempre caminhava
Ao lado do outro João.
Este,
Desconhecido.
 
 
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 06/11/2016
Reeditado em 06/11/2016
Código do texto: T5815158
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