Mônica

Como não vi aliança/

Meu olhar/

No teu olhar foi par/

Como valsar numa dança/

Desejando a criança/

Até instigar/

A sede que secou devorando minha alma/

Fazendo-me desejar o beijo/

De tua boca/

Esse bem, esse mal/

Dentro de mim/

Como um filho anormal/

Que não encontrava sossego/

Essa vontade fez-se necessidade de cobiçar/

Aquela moça/

Que me levou a imaginar/

Que me levou a pecar/

Tirando-a do andor/

Para na cama deitar/

Tocar tenuemente, em carne, em pele/

Pouco maculada/

Levou-me a me apaixonar/

Até me lambuzar no colo secreto/

Daqueles belos seios/

Recém-inaugurados/

Vivendo a liberdade profunda sem ser vulgar/

Dos segundos, em que o ardor/

De minha boca voraz ensandecida/

Degustava feliz, em voz e sussurros/

Harmonizados/