Vidas Mortas
É chegada a hora de acordar.
Olhos abertos e investigativos resvalam no teto de madeira em cor castanha
Onde estou?
Onde estive ?
Vivi cativa no quarto cinzento e nublado com a névoa que sempre chega mansamente,
E soma nossas vidas dançando na fumaça que vem do cinzeiro enquanto nossos pensamentos sacodem a vidraça e têm o brilho pálido do adeus.
Falo a mim nas horas seguintes que
Se os anéis já estão a rolar no fundo do rio sem terem sido moldados em prata posso entender o fim
Do caminho
Do que seria
De tudo
Do que morre
Morre vagarosamente
Estou muda e meu ollhos mostram ao meu momento uma alegria quase triste que por um fio se salva de uma morte em vida.
25/08/2016