Filha das Pátrias
Eu quero o pão
E o chão que é meu.
Eu quero o sonho
E poder tocá-lo
E realizar alguns possíveis
Com as minhas mãos:
força do meu trabalho
Que do Alto vem.
Chega de "pão e circo"!
Eu quero o abraço
Das minhas pátrias
E eu sou vermelha
Apenas nas tintas
Que pintam a face minha
Indígena e misturada.
E na bravura
Verde e Amarela
Verde e Vermelha
Das minhas ruas.
Sou ternura que resulta
Dos poetas
Da minha pátria
E desta nova
Pátria “minha”.
Eu sou as ruas,
Eu sou uma filha
Brava e vossa.
Karla Mello
13 de Março de 2016