Quase Amor

Mal respirava, estava ofegante, hiper ventilando,

arrasada, sufocada pela angústia.

A pele gélida selava o fato: fim!

Fim da vida? Quase!

Sem cor, sem calor, sem ânimo,

sem tudo, ou quase tudo,

afinal ainda lhe restava à dor,

à dor por ter perdido um (quase) amor.

E aquele machucado a sangrar ali no peito,

deixava em evidência o estrago.

Dor, amor, ou quase.

Ambos andavam juntos.

Mas acabou,

à dor dominou cada espaço vago deixado pelo amor,

repleta de dor,

e completamente vazia de amor.

Jéssica Batista
Enviado por Jéssica Batista em 03/11/2016
Reeditado em 28/09/2019
Código do texto: T5811490
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