Quase Amor
Mal respirava, estava ofegante, hiper ventilando,
arrasada, sufocada pela angústia.
A pele gélida selava o fato: fim!
Fim da vida? Quase!
Sem cor, sem calor, sem ânimo,
sem tudo, ou quase tudo,
afinal ainda lhe restava à dor,
à dor por ter perdido um (quase) amor.
E aquele machucado a sangrar ali no peito,
deixava em evidência o estrago.
Dor, amor, ou quase.
Ambos andavam juntos.
Mas acabou,
à dor dominou cada espaço vago deixado pelo amor,
repleta de dor,
e completamente vazia de amor.