DE QUANDO EU MORRER

Não tragam flores para meu túmulo,

Quem disse que os mortos desejam flores!

Mas, valerá essas flores ofertada a um amor,

Tão belas as flores, não vale morrer a uma cova a cal.

Não tragam lágrimas para meu túmulo,

Nunca fui chegado a partidas,

Mas, beber ou quem saber amar, amar; assim carnal,

Seja melhor quer ir ao meu sepultamento,

Falando a verdade, amar sempre será melhor!

Não tragam flores para meu túmulo,

Nunca cultivei nada,

Até agora fiz uns poemas sem cultivo necessário,

Até agora me culpo pelo zero e pelo não feito,

Até agora, fui, sou tão estranho em sentimentos!

Poeta que bebe muito, inventa sempre uma palavra áspera!

Não tragam lembrança de dias perfeito,

Venha como quem quer apertar minha mão e deseja boa sorte!

Venha como quem chegar atrasado, mas aparece.

Venha sem culpar os deuses, sem medo dos deuses,

Venha feliz,

Venha em paz...

Não tragam flores para meu túmulo,

Quando ao cemitério nossa senhora das dores, entrar!

Ver,

Se júnior está,

Ver,

Se magno está,

Ver,

Se o cego está,

Ver,

Se Walter está,

Ver...

Pois, se eles estiverem, que me carregue...

Vou em boas mão.

Não tragam flores para meu túmulo...

Não, mesmo!

Mas, um poeta poderá falar de amor,

Quem sabe um bêbado, senta-se capaz em discursar todo amor de uma dose,

Quem sabe uma amante, possa sentir todo desejo que lhe culpa, em silencio!

Quem sabe,

Não haja morto,

Não haja medo,

Não haja cidade,

Não haja poeta,

Que seja tudo círculo,

Tudo rodício,

Tudo natural,

Que seja o corpo,

Mortalha de um espirito imortal!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 02/11/2016
Reeditado em 13/05/2019
Código do texto: T5810355
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.