Enquanto buscas silhuetas
que teus olhos alcançam, é fina linha...
aquela do horizonte.
se existir mar, por lá, dirás que o céu se transpôs ao chão
e o tremeluzir azul da luz é o gozo da união.
interpretam como querem, teus olhos... distantes ilações.
montado no silencio um ser galopa como a
gangorra de um sonho.
tem nas mãos a volúpia do alvorecer
e no colo, o descanso do entardecer.
dentro de si
a evolução de uma
sonata dissolve
paredes escravizantes d' alma.
ai!
esses emolientes que, teus olhos não vislumbram,
desmancham minhas vestes ...
desnudo-me tão perto, mas desapareço,
se tua interpretação por sobre esta entrega, salta.
teus olhos medem formas
enquanto sou evolução de conteúdo
... que doo
mas também recolho
e ainda aplaino e meço.