veraneio

rio de mim mesmo

parte que insiste naquele

brejo, parte que não cede

que não se entrega,

qual o ponto desse engano

o verão se aproxima e uma

quietude mansa se avizinha

das coisas, relaxar nesse país

estranho que planta estranheza

nas praças e nos cabides do desespero,

um imenso tormento criando pernas

e saltando,

o que vale nesse

forro de cedro, o que vale nesse

um quarto sem ar

sem água, sem fogo,

sem terra, sagrada é essa

vida que nos é, essa vida que

no corpo mora, que na pedra

a mantem pedra, um vôo lento

e calmo respira no coração dessa existência,

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 01/11/2016
Código do texto: T5809659
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