veraneio
rio de mim mesmo
parte que insiste naquele
brejo, parte que não cede
que não se entrega,
qual o ponto desse engano
o verão se aproxima e uma
quietude mansa se avizinha
das coisas, relaxar nesse país
estranho que planta estranheza
nas praças e nos cabides do desespero,
um imenso tormento criando pernas
e saltando,
o que vale nesse
forro de cedro, o que vale nesse
um quarto sem ar
sem água, sem fogo,
sem terra, sagrada é essa
vida que nos é, essa vida que
no corpo mora, que na pedra
a mantem pedra, um vôo lento
e calmo respira no coração dessa existência,