OS VENTOS DA BOA ESPERANÇA

Tanto tempo nesta vida

Aos ventos da boa esperança

Légua tirana de estrada cumprida

E andar é de costumança

Compreendi rapidamente

Onde há um por cento de confiança

Água e ar suficientes

Noventa e nove é sangue

Suor e perseverança

Preciso manter acesa

minha inverossimilhança

Pois nunca deixei de sonhar

Meus desejos de criança

Não se pode simplesmente acordar

Devemos fazer alianças

O mundo é feito de esferas

Para circular entre as feras

Olho por olho é a lei

Onde a sorte e a bonança

São caminhos que não tracei

E se o acaso é o destino

A razão, o desatino

Gritante dessemelhança.

Paulo Cezar Pereira
Enviado por Paulo Cezar Pereira em 01/11/2016
Reeditado em 27/04/2018
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