Finge a dor, eu canto
O ser humano é um bom fingidor.
Finge não sentir quando se corrói.
Finge amor onde não há.
O ser humano não se explica,
Se camufla, se guarda n'algum canto,
D'algum cômodo escuro qualquer.
E do pranto faz-se o canto.
E de canto em canto, nasce o encanto.
São Paulo, o primeiro deste novembro.
Madrugada, 2016.