uma noite qualquer
ah, manhã qualquer!
de azul desbotado,
de tantos sons calados,
por que me provocas assim?
uma paisagem de brisa sequer
trocas por esta chuva fina
este cheiro de saudade
e esta poesia castiça
que escorrem sem jeito
pela vidraça do tempo
que parou, teimoso,
numa noite qualquer...