A uns poetas
Sacralizar a poesia...
Que deus é esse, meu Deus!
Que o bardo reverencia,
Solene qual Prometeu.
Versos de vida vazia,
De ser distante dos seus,
Alheio ao corpo e à magia,
Palavras mortas teceu.
Sem pulso a língua atrofia,
Sem vida pulso não há.
Daí o azul da poesia...
Mas só cantar o cantar,
Inda pomposa atonia,
Melhor batatas plantar.