Aventura
Naquela manhã/
De sol brando/
Arvores e garças/
Restinga fria/
Pegadas vazias/
Pássaros em sua ousadia/
Versavam alegria/
Não se opunha ao rio/
As rochas indivisas/
Ouvia em silencio tênue/
Os verbos caudalosos/
E os beijos cálidos/
Das ondas aventureiras/
Que insistiam na harmonia do lugar/
Excetuando o desejo de um corpo/
Pondo fogo febril a alma/
Que pariu àquelas horas/
Sem se abster da voz/
Que de algum paraíso vinha/
Não obstante/
A excitação vadia/
Acolhia um coração qualquer/
Que olhava no horizonte/
O azul do céu/
A confessar a luz, o amor divino/
Quando a procela nem se arriscava na vela/
Celebrando mais um dia/
Que nascia/