Glória ou decadência
Solidão... meu cata-vento
Servidão... colar sangrento
Escravidão... do amargo e lento
Luar sertão... doce lamento
Na solidão... o olhar cinzento
Por servidão... rum, benzimento
Sê escravidão... face novo ungüento
Há solidão... tira esmola e acento
Mira servidão.... nosso aleitamento
Torpe no sertão... vem chuva de vento
Mescla escravidão... há um testamento
Olha a solidão... não tens cabimento
Nega servidão... motriz do falimento
Fere escravidão... sangra a qualquer tempo
Magro o sertão... eh! Fato nojento
Era solidão.... em trama e provento
Crava servidão... vício no ajuntamento
Palma escravidão... que te parece isento
Vi na solidão... pragas de convento
Rasgar eis a questão... entre verso o bixigamento
Oh! Sérvio sertão... de réus sem julgamento.
Glória ou decadência
erhi Araujo