Glória ou decadência

Solidão... meu cata-vento

Servidão... colar sangrento

Escravidão... do amargo e lento

Luar sertão... doce lamento

Na solidão... o olhar cinzento

Por servidão... rum, benzimento

Sê escravidão... face novo ungüento

Há solidão... tira esmola e acento

Mira servidão.... nosso aleitamento

Torpe no sertão... vem chuva de vento

Mescla escravidão... há um testamento

Olha a solidão... não tens cabimento

Nega servidão... motriz do falimento

Fere escravidão... sangra a qualquer tempo

Magro o sertão... eh! Fato nojento

Era solidão.... em trama e provento

Crava servidão... vício no ajuntamento

Palma escravidão... que te parece isento

Vi na solidão... pragas de convento

Rasgar eis a questão... entre verso o bixigamento

Oh! Sérvio sertão... de réus sem julgamento.

Glória ou decadência

erhi Araujo

erhi Araújo
Enviado por erhi Araújo em 29/10/2016
Código do texto: T5806731
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