Sementes do mal
Em grupos/
Ocultos dos lares/
Nos campos ou nas cidades/
Sob a luz da escuridão/
Entre a voz do silêncio/
E a cegueira curiosa dos tolos, eles vão/
Acreditando que a liberdade do sonho/
Se faz indo na contra mão/
São decepcionados, isolados, discriminados e irmãos/
Todos em direção ao imenso portão/
São jovens e velhos, vorazes ao redor do veneno no chão/
Buscando em bares: capital/riqueza/
Identificação, solidariedade no barco das ilusões/
Nas muitas idas uns se perdem/
Outros seguem/
Sem saber que são escravos sem direção/
Se refastelam de imediato/
No pó do álcool e no fumo do mato/
Ficam órfãos de vida/
Perdendo pra sempre o coração/
Morrem de véspera/
Achando que sempre tem razão/
E a luz está no que menos acreditam/