A MÃO QUE CEDE, O CACHORRO QUE LAMBE

Dos dissabores dos amores

Sentimento dado a conta-gotas

Impenitente sem sustância do coração.

Implorar migalhas, rastejar aos seus pés

Atrás de miséria e afeição, adestrado.

Aprendi a mendigar para evitar a solidão,

Porém no hálito azedo dos dias

Repenso esta falsa ideologia instalada.

Estar em par díspar é padecer duplamente sozinho.

A mão que oferece restos é profana

E o cachorro que lambe as sobras de maus agouros

É um idiota que escolheu o inferno do rombo da fome.