poema da procura

chuva que pinga

que desce da platibanda

pinta e explode no chao

se perde num circulo concentrico

piso que outro dia pise

que agora molhado lembra

o sexo intucido longe das

plateias, molhado como

esse chão, como essa pia

que estende os pratos do

almoço, que ainda no meu

estomago se mistura ao desgosto,

quanto tempo ainda durará

essa paródia, queria um rio

fundo e limpo, e o que tenho

esse vaso de veneno, que

bebo todos os dias, labaredas

na carne que paree cliche que

se repete como essa chuva que

cai e amortece esse tédio, um

cigarro, já não fumo, uma bebida

já não bebo, uma boceta, onde

está a boceta que quero, talvez

noutro patamá e nao nesse inferno

Ariano Monteiro
Enviado por Ariano Monteiro em 25/10/2016
Código do texto: T5802203
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