RIO XINGU
Caladas águas
do trapiche eu vejo.
Silenciosas águas
choram seu despejo.
Descendo o rio
vejo tuas feridas.
Sem dó te ferem
te fazem ruir.
Querem sugar de ti
tua força, teu fluir.
Não sabem o que fazem,
loucos desvairados.
Não percebem,
ferem a si mesmos
em nome do progresso.
Provocam o mal
por ambição desmedida.
Que retrocesso...
Ferem tantas vidas...