Cavalgada
Era capaz de voar,
Nas estradas mergulhar,
Os claros das manhãs cortar,
Sem casa, sem abrigo...
As patas de um negro cavalo,
Estatelantes, vorazes,
Marchando verazes,
Jogam o pó contra o halo.
O sol nasceu mais um pouco,
Mais denso, mais vermelho...
O vento finíssimo toca- me os cabelos
Naquele dorso, sou livre e louco.