Lembra
Eu fui feliz
contigo vi a infinita imensidão
soube o que era perdão
vivi cada segundo cativa
respirei no teu corpo a paixão
entreguei a chave da minha alma,
confiei em ti minha dor
doei cada momento com fervor.
Tempestades vieram
lutei bravamente ao declínio
sem poder mais sucumbi,
sangrando tive que partir
era isso ou deixar de existir.
Hoje após a calmaria
recordo o labirinto que vivi
foi íntegra a entrega, cada palavra
turbilhão de sentimento feito buraco fundo,
todo meu amor ao vento, vazio profundo.
Não sei como está, se pensa um segundo sequer
uma vez que é marcado a fogo se leva a sina
me diz que perdoou, e não sofre mais
diz que aquela noite fria virou dia.
Jamais esquecerei sua silhueta, seu olhar.
confessa que pensa, que ainda à distância
para sempre irá lembrar.
Para aquele que se foi.
(escrita em 2014
finalizada em 2016)