O herói do bastidor
Nesses tempos líquidos
Vou de contramão das tendências
Recuso o "mais do mesmo"
O sucesso pré-estabelecido, o status quo, a felicidade superficial
Sigo forjando o meu ser
Recuperando os momentos lúdicos
E sem perfumaria
Receitas prontas, maquiagens
A cada dia ouso levantar a poeira da banalidade que anuvia a visão
Vou desconstruindo as capas que muito nos comprimem
E cessam com a espontaneidade e o processo de humanização
Hoje, almejo o novo
As entrelinhas, a beleza oculta
Que poucos dão a devida valorização
Vezes com lamentações, mas alicerço a minha própria superação
Fazendo-me, herói do meu cotidiano
Hoje alimento o riso pelo erro
O riso pela inadequação, e até, o riso por toda essa estruturação
Estruturação que nos faz pensar diminutos
Sem prestígio, sem brilho e totalmente vis
Aprendi nesse grande teatro da vida
Que a melhor "apresentação", é a que fazemos a nós mesmos, e a que fazemos, com quem realmente anda conosco
E nessa performance, sou um completo felizardo
Pois, sou meu próprio herói
Sou meu próprio sucesso em bilheterias, mesmo parecendo, um herói do bastidor ...