O herói do bastidor

Nesses tempos líquidos

Vou de contramão das tendências

Recuso o "mais do mesmo"

O sucesso pré-estabelecido, o status quo, a felicidade superficial

Sigo forjando o meu ser

Recuperando os momentos lúdicos

E sem perfumaria

Receitas prontas, maquiagens

A cada dia ouso levantar a poeira da banalidade que anuvia a visão

Vou desconstruindo as capas que muito nos comprimem

E cessam com a espontaneidade e o processo de humanização

Hoje, almejo o novo

As entrelinhas, a beleza oculta

Que poucos dão a devida valorização

Vezes com lamentações, mas alicerço a minha própria superação

Fazendo-me, herói do meu cotidiano

Hoje alimento o riso pelo erro

O riso pela inadequação, e até, o riso por toda essa estruturação

Estruturação que nos faz pensar diminutos

Sem prestígio, sem brilho e totalmente vis

Aprendi nesse grande teatro da vida

Que a melhor "apresentação", é a que fazemos a nós mesmos, e a que fazemos, com quem realmente anda conosco

E nessa performance, sou um completo felizardo

Pois, sou meu próprio herói

Sou meu próprio sucesso em bilheterias, mesmo parecendo, um herói do bastidor ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 24/10/2016
Reeditado em 28/01/2022
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