Apedreja...

Apedreja...

Apedreja...

Lance sua fúria sobre o mundo

Sobre os pecados alheios

E esconda seu espírito imundo

Apedreja...

Esconda sua pungente luxúria

Discursando o sangue que vê

Sobre sua fidelidade espúria

Apedreja...

Cuspa seu falso conceito de justiça

Enquanto engana os temerosos

Nas ladainhas de sua missa

Apedreja...

Sob os anseios de um arquétipo moral

Que fragilizado pelos pecados

Acusa o mundo de ser mau

Apedreja...

Como nas escrituras sagradas

Quem não tiver pecado

Viva com as mãos ensanguentadas

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 23/10/2016
Código do texto: T5801197
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