A caça
no catre improvisado
de todos os dias,
viro bicho-da-seda
em suas mãos
meu corpo delira,
fico preso em suas teias
braços e pernas
bocas e línguas
tecem o casulo
o voo é noturno,
o gozo é rasante
a larva é intensa
corpos se rendem,
desatam-se os nós
e a vida prossegue