O LUGAR ONDE O POETA MORA

Em sua imaginação o ”poeta” procura...

Lugares onde sua verve mora.

Mora aqui ou acolá, entre flores...

Ou entre espinhos que ferem.

Cercado de prazeres e amores...

Ou de lágrimas e de dores.

Na poesia canta a alegria...

Ou saudade e nostalgia.

É criança cheia de fantasia...

Ou adulto na luta do dia a dia.

Adolescente cheia de sonhos e alegria...

Ou ancião vivido e cheio de sabedoria.

A mulher que aguarda o nascituro...

Ou a mãe zelosa com seu futuro.

E o poeta continua sua jornada...

Entre atos e desacatos...

A boemia o deixa entre os boatos.

Pobre poeta, ator sem palco...

Palhaço sem circo e sem abraço.

E agora o que faz sem estardalhaço...

Sem rir... sem chorar...pobre palhaço.

E dentro do seu ego encontra a poesia...

Fica feliz... é o que queria.

Su’alma grita de euforia...

Versos em profusão o poeta criaria.

É o lugar onde o poeta encontra a moradia...

Basta um papel... uma caneta... e a magia.

There Válio - XXIII – X - XVI