POENTE
POENTE
Antes profusos
Ora difusos
Invisíveis a olho nu
Tal qual eu e tu
Submergiram as palavras
Esgotou-se a lavra
De prosa e verso
Momento perverso
Que não passa
Perpassa
Com duração infinda
E vai indo ainda
Em desmoronamento
Do pensamento
E de recordações
De áureos tempos
Em que rimas fluíam
Em profusões
Inesgotáveis momentos
De outros tempos
Que teimam em não voltar
E a terra arrasada
Sem poesia
Não gera nada
Nada
Nada...