POENTE

POENTE

Antes profusos

Ora difusos

Invisíveis a olho nu

Tal qual eu e tu

Submergiram as palavras

Esgotou-se a lavra

De prosa e verso

Momento perverso

Que não passa

Perpassa

Com duração infinda

E vai indo ainda

Em desmoronamento

Do pensamento

E de recordações

De áureos tempos

Em que rimas fluíam

Em profusões

Inesgotáveis momentos

De outros tempos

Que teimam em não voltar

E a terra arrasada

Sem poesia

Não gera nada

Nada

Nada...

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 23/10/2016
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