O Pôr do Tempo

Nublado como o ritmo da poesia,
Parido foi assim, sonolento, o dia,
Ocultando as rimas entre nuvens,
Desligando a luz dos olhos tortos.

Passa ao vento o mesmo tempo,
Vilão dos vivos e futuros mortos,
Ameno com o aceno da saudade,
Transita nas horas de passe livre.

Sistêmico ciclo, contínuo motor,
Que cisalha ossos, tingi cabelos,
Abala em sismos dedos e mãos,
Encurta a vontade, aceita se pôr.
 
Dado Corrêa
Enviado por Dado Corrêa em 22/10/2016
Reeditado em 22/10/2016
Código do texto: T5799606
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