O Pôr do Tempo
Nublado como o ritmo da poesia,
Parido foi assim, sonolento, o dia,
Ocultando as rimas entre nuvens,
Desligando a luz dos olhos tortos.
Passa ao vento o mesmo tempo,
Vilão dos vivos e futuros mortos,
Ameno com o aceno da saudade,
Transita nas horas de passe livre.
Sistêmico ciclo, contínuo motor,
Que cisalha ossos, tingi cabelos,
Abala em sismos dedos e mãos,
Encurta a vontade, aceita se pôr.
Nublado como o ritmo da poesia,
Parido foi assim, sonolento, o dia,
Ocultando as rimas entre nuvens,
Desligando a luz dos olhos tortos.
Passa ao vento o mesmo tempo,
Vilão dos vivos e futuros mortos,
Ameno com o aceno da saudade,
Transita nas horas de passe livre.
Sistêmico ciclo, contínuo motor,
Que cisalha ossos, tingi cabelos,
Abala em sismos dedos e mãos,
Encurta a vontade, aceita se pôr.