Virtude?

Virtude?

Desordeiros pensamentos tortuosos

Maculam a casta pureza anímica

Retesam o corpo de forma empírica

Abandonando-o flácido e temeroso

Mente convulsiva tramando pecado

Corpo tomado pela avidez delirante

Alucinado, torna-se repugnante

É só mais um corpo desalmado

Mente pra si mesmo tão cristão

Politizado, tão certo de sua postura

Crente que não há nenhuma ruptura

“Homem perfeito” é o seu bordão

Recai em um orgulho pungente

A pecar contra o corpo alheio

E a maquinar desculpas com anseio

Revelando seu caráter doente

Mas quem afirmará tal verdade?

O corpo deixado flácido e temeroso

Agora enterrado, de sabor terroso

Distanciam-se desta realidade.

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 21/10/2016
Código do texto: T5799065
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