A Casa dos Fundos
Corredores com arandelas amarelas,
Passarelas de pés cansados e lentos,
Mofo descendo pelos muros inertes,
Noites no silêncio dos movimentos.
Casa velha ao fundo de um mundo,
Parte da vida depositada em baús,
Ao profundo estágio de em si perder,
Em bonecas esquecidas de restos nus.
Canecas de plástico e tinas de barro,
Agua morna com fungos de carência,
A febre do velho, a tosse e o catarro,
No portão da rua se pendurava o viver.
Entrava para a casa apenas o cortejo,
O ensejo da morte, enfileirada e fria,
Como oposto aos roedores, os gatos,
Anunciavam sempre que amanhecia.
Corredores com arandelas amarelas,
Passarelas de pés cansados e lentos,
Mofo descendo pelos muros inertes,
Noites no silêncio dos movimentos.
Casa velha ao fundo de um mundo,
Parte da vida depositada em baús,
Ao profundo estágio de em si perder,
Em bonecas esquecidas de restos nus.
Canecas de plástico e tinas de barro,
Agua morna com fungos de carência,
A febre do velho, a tosse e o catarro,
No portão da rua se pendurava o viver.
Entrava para a casa apenas o cortejo,
O ensejo da morte, enfileirada e fria,
Como oposto aos roedores, os gatos,
Anunciavam sempre que amanhecia.