O MEU SERTÃO
O MEU SERTÃO
Morrendo de sede
Quase adeus
Galopa descalça
A menina-feia-bonita-linda no seu Eu.
Cobrindo a poeira
No aceso chapéu de palha
No capim a andar
No verde da plantação a regar.
Não é apenas ficção
Perante a visão
Pegando fogo na estação
Levanta o vestido para a ventilação.
Pernas de fora
Com o peito a mostrar
Tamanha sensualidade
Um homem a observar.
Hora para recomeçar
Colhendo flores
Na água para molhar
Correndo descalça na terra do Sertão
Quando a chuva cair
Irreverência de fera da escuridão.
Jey Lima Valadares, 12:20, 04-10-2016