Vida pequena
Quando o velho subia o morro,
Carregava a mágoa de trabalhar muito,
Somente para sobreviver.
De repente, ele ouviu um grito de socorro,
Seguido de tiros que deixaram um homem no chão,
Perto, bem perto de onde ele conduzia sua tristeza.
E vieram pessoas, que falavam do morto.
Homem honesto, sempre disposto
A ajudar aquela gente na sua dureza...
Há pouco, há um só pouco,
Aquele homem ainda vivia...
E ajudava a um vizinho,
A retirar água do poço...
Bala errada, bala assassina;
Estaria cumprindo sina de um projeto criador?
Não, pensou o velho,
Cheio de fé em Nosso Senhor...
E seguiu estrada adiante,
Lembrando aquela cena.
Esquecido da sua luta,
Amou a vida... Quão pequena!