Desabafo de um poeta I
Discuto sobre os amores, perdidos ou conquistados;
Que tenho, tive ou jamais terei.
Divago sobre minha vida e a sua;
Mesmo sem conhecê-lo ou me conhecer completamente.
Não sou um deus nem escravo;
Falo sobre o que acredito estar certo.
Não sou monstro nem humano;
Escrevo sobre o que sei ou finjo saber.
Narro, sem temor, sobre minha vida e a tua;
E não me interessa se é fato ou hipotético.
Simpatizo-me com seus problemas e dores;
Mesmo sabendo que não nos importamos com nada.
Não sou real nem imaginário;
Sou você calado ou falante.
Não me valho de rimas ou métrica;
Estou atado na liberdade.
Não sou tudo e sou nada;
Sou poeta. Sou você.